quarta-feira, 27 de maio de 2009

Insinuações


Oh insana alma perversa mulher
Não ouses provocar-me sequer
Da perversidade eu sou tutor
Ao teu ritmo quero e avanço
Pensando que nunca me canso
Eu corro em nome do amor

Tu, dona prodígio veneno
Mulher de corpo pleno
Espetas fundo tua lança
Cego e ousado penetrar
Quente e húmido pulsar
Aos poucos por mim avança

Uma dança envolve-me o ser
Musa pronta a me envolver
Meu par de sonho encantado
Sente-me as mãos q te roçam
Sente-me os dedos que coçam
Onde te mora o pecado

Orgasmo de versos estrofes
Sinto-te o mal de que sofres
Vidas traçadas no papel
Vontades desejos recalcados
Inteiros partidos bocados
Gravados em ti a cinzel

Renego essa dor que corta
Esconjura-me que não me importa
Faz-me pedaço despedaçado vazio
Em palavras assumo meus actos
Resta a evidência dos factos
Sou homem corpo vadio
Nature